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-ɱikaεℓα:
Pai, dizem-me que ainda te chamo, às vezes, durante o sono - a ausência não te apaga como a bruma sossega, ao entardecer, o gume das esquinas. Há nos meus sonhos um território suspenso de toda a dor, um país de verão aonde não chegam as guinadas da morte e todas as conchas da praia trazem pérola. Aí nos encontramos, para dizermos um ao outro aquilo que pensámos ter, afinal, a vida toda para dizer; aí te chamo, quando a luz me cega na lâmina do mar, com lábios que se movem como serpentes, mas sem nenhum ruído que envenene as palavras: pai, pai. Contam-me depois que é deste lado da noite que me ouvem gritar e que por isso me libertam bruscamente do cativeiro escuro desse sonho. Não sabem que o pesadelo é a vida onde já não posso dizer o teu nome - porque a memória é uma fogueira dentro das mãos e tu onde estás também não me respondes.
25-02-16 - 00:15:35

-•Zʑʑ™!: Bom .ok.
21-01-17 - 14:23:07

-fÊLèX: :D.
06-04-17 - 09:56:11

-Off❤️: .v...
18-11-19 - 15:25:12

-»»Cünhä-Pørängα🏹: Bravo
17-02-20 - 16:38:53

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